Resenha: Guerra Culinária

Apesar de não acompanhar realitys de culinária, como MasterChef e Bake Off Brasil, Guerra Culinária chamou não apenas a minha atenção no catálogo da Netflix, mas a do meu marido também, e sabendo que ele tem uma tolerância bem baixa à programas ruins, resolvi dar uma chance para a produção e acabamos maratonando a competição, torcendo ativamente para os nossos participantes favoritos, mesmo que entendêssemos pouquíssimo sobre comida oriental.

Netflix: Guerra Culinária

Guerra Culinária é um reality show coreano que une chefs de cozinha de diversos estilos e níveis de experiência. Os competidores são divididos entre grupos chamados de colheres pretas, constituído por chefs de diferentes competências e rostos desconhecidos pelo público em geral, tanto que durante a competição eles são chamados por seus apelidos, sem revelar seus nomes reais. Enquanto do outro lado há os colheres brancas, chefs de cozinha renomados e premiados. Na competição todos são julgados da forma mais justa possível, independente da sua história como chef de cozinha.

Nos doze episódios de Guerra Culinária a disputa envolve desafios que simulam diferentes possibilidades dentro da cozinha profissional, são provas que estimulam a criatividade com resolução de problemas e conceitos afetivos, disputadas tanto em grupo, quanto individual, com a disponibilidade de uma cozinha bem equipada para os participantes, incluindo cuba cozinha, batedeira planetária e forno de última geração.

Durante o reality vemos alguns chefs que fora da competição são acostumados com o favoritismo, e dentro do programa precisam lidar com seu próprio ego para sobreviver às provas, são participantes que com o passar dos episódios adotam uma abordagem mais humilde. Além disso, alguns chefs tem um estilo de cozinhar mais tradicional, enquanto outros apresentam pratos modernos e repaginados, provando que é necessário se adaptar, e que a inovação vem da necessidade de se aprimorar.

Apesar de se tratar de uma competição, Guerra Culinária não tem o drama e o ambiente desagradável do confronto, não há mágoas sobre quem perde, mas sim admiração mútua, por que se trata de chefs anônimos aproveitando a oportunidade de experiência com chefs já renomados, enquanto estes relembram o início de sua carreira nos chefs que não tem fama. A série traz a cultura asiática em pequenos detalhes, no menear de cabeça educado entre participantes, na forma de comer que para ocidentais poderia ser mal visto, e até na comida de memória afetiva que lembra a infância dos jurados.

O sucesso de Guerra Culinária se resume a uma competição agradável e imparcial, onde a comida é o centro das atenções, fazendo os telespectadores conhecerem um pouco mais sobre a cultura oriental. Vale a pena maratonar!