30 março 2018

6 on 6 Março | 2018: Nostalgia





Ao contrário de fevereiro, o tema desse mês foi fácil para fotografar. Tenho uma caixa com inúmeras lembranças, dentro dela é possível encontrar um pedaço do tecido usado no meu vestido de casamento, um bordado com o meu nome, que eu ganhei quando tinha uns nove anos, mas nunca emplaquei, crachás de visitas à feiras e afins, CD's, fitas de embalagens de chocolates caros, cartas de 2010 e 2014 para meu "eu" do futuro... Enfim, para trazer as seis fotos do tema referente a março, eu só tive que tirar essa caixa do fundo do guarda-roupa e mergulhar na minha nostalgia.

nos-tal-gi-a (s.f)
Estado melancólico causado pela falta de algo ou de alguém.

Sobre a imagem que dá ínicio a esse post, o caixote da foto não é a minha caixa de lembranças em si, na verdade, esse baú fica guardado dentro da caixa em questão, ou seja, ainda tenho muita coisa antiga preservada e armazenada, tenho elementos nostálgicos dentro dessa caixa desde a época em que eu usava all star rosa infantil, ou seja, faz MUITO tempo.

Quando comecei a fuçar minhas recordações a fim de fotografar para o tema desse mês, as primeiras coisas que eu achei foram os meus antigos diários, estes datam de 2009 a 2014. Eu comprava cadernos de capa dura para escrever sobre o meu dia e os escondia encima do meu armário ou embaixo do meu travesseiro para que ninguém pudesse acha-los e consequentemente, lê-los. Como dona dos diários, essa semana, quando os encontrei, me achei no direito de ler algumas páginas, fiquei um bom tempo lembrando da escola, dos meus problemas de adolescente, de quando eu descobri que tinha depressão e passei a tomar remédios, do começo do meu namoro com quem hoje é meu marido... Me aprofundei tanto na leitura que eu acabei esquecendo o objetivo de eu estar ali com a câmera ligada. Acho que meus diários até merecem um post só para eles aqui no blog. O que acham?


Minhas agendas também sempre foram quase que como diários pra mim, tudo o que achava interessante, eu escrevia e colava nas páginas em branco das minhas agendas, a mais antiga das apresentadas na foto é de 2007, com mais de dez anos de existência.


Durante a minha infância eu morei num condomínio de apartamentos. Aos doze anos eu me mudei para uma casa e levei junto comigo a chave do meu quarto no apê. Ela me lembra de coisas maravilhosas e me faz sentir de forma profunda o sentimento de nostalgia. Já faz alguns anos que o apartamento foi vendido e os novos inquilinos nem sabem que essa chave ficou comigo, e é bem possível que tenham trocado as portas do imóvel, então, duvido que se importariam em saber da existência dessa chave, por isso ela continua aqui, cheia de significado pra mim. Ah, e o que dá fundo a essa foto é o meu caderno de textos e poesias, como toda adolescente, eu tinha vestígios de romantismo. Completei esse caderno entre os anos de 2007 e 2009.


Quando eu tinha dez anos (2003) eu fiz um curso de modelo na antiga agência Talentos Brilhantes. Eu fazia aulas de passarela todo sábado de manhã, não me lembro quanto tempo o curso durou, só sei que era divertido e eu gostava muito. Lá eu também fiz testes para ser atriz mirim e logo depois que recebi meu certificado surgiram algumas oportunidades, inclusive para ser modelo de passarela de uma marca infantil famosinha da época. Minha mãe conversou comigo sobre os prós e contras de seguir essa carreira e eu mesma decidi que não queria. Não me arrependo de ter desistido e nem de ter feito o curso, a experiência valeu o sacrifício de acordar cedo aos sábados. Até hoje quando passo em frente a sede onde ficava a agência eu me lembro das minhas aulas ali.


Havia uma locadora de vídeos perto da minha casa e eu costumava alugar filmes todo fim de semana, além disso, eu ia lá para ficar conversando com o atendente do estabelecimento, que era um grande amigo. Infelizmente, a alguns anos atrás a locadora fechou, mas antes, a dona do lugar vendeu todos os DVD's que lá haviam, eu e minha irmã compramos vários, porém, o que eu guardo na caixa de lembranças é a ficha do filme "Edward, Mãos de Tesoura", que eu consegui com o meu amigo. Atualmente é tão raro ver locadoras de vídeo ainda funcionando que eu creio que essa ficha um dia fará parte de algum museu.

Já o cartão que aparece na foto é a carteirinha do Farol do Saber, que foi onde eu tive meu primeiro contato com a internet. Aqui em Curitiba haviam faróis anexados a algumas escolas municipais, na verdade eles eram bibliotecas e com a popularização da internet, no último andar do farol foram colocados computadores para a comunidade. Qualquer pessoa podia emprestar um livro ou marcar um horário para usar o computador, desde que tivesse a carteirinha do farol. A da foto já era minha quarta ou quinta via da carteirinha. No Farol do Saber eu pesquisei para trabalhos escolares desde a Enciclopédia Barsa, até o Google.


De bônus, deixo aqui uma foto com alguns (tipo, tem bem mais que isso) dos cartões que meu marido já me deu, desde a época de namoro. As vezes gosto de pegar um por um e ir lendo, aliás, tem um bilhete que a floricultura se equivocou e mandou pra mim por engano, diz "parabéns mamãe!", até ele eu guardei por que ri muito quando recebi e o cartão em questão me lembra as lindas flores que eu ganhei junto, elas não eram engano. O cartão maior, com a fita amarela, na verdade não é um cartão, e sim o nosso convite de casamento, que também gosto de guardar.


Eu sei que o post ficou grande, mas é que ele me despertou recordações muito boas e eu tive que compartilhar detalhes com vocês. Ás vezes, a gente querendo ou não, o blog acaba tendo textos bem pessoais, e esse 6 on 6 foi prova disso. Intimidade que chama né? Haha.

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