Resenha: Sangue Corsário de Helena Grillo

Depois de ser convidada pela própria autora, Helena Grillo, para conferir os dois primeiros livros da trilogia Espadas e Pistolas, venho com essa resenha final sobre Sangue Corsário, o terceiro e último livro da saga. 

As irmãs Marina e Mônica foram separadas por uma viagem no tempo, o que não sabiam é que estavam na mesma linha do destino, mas em grupos rivais. Marina se aventurou no círculo dos Piratas e da vida no mar, enquanto Mônica desenvolveu habilidades dentro do exército inglês e mais tarde, na realeza britânica. Agora, em Sangue Corsário, as irmãs se encontram para um final cheio de surpresas.

Gênero: Fantasia/Aventura | Páginas: 114 | Editora: Coerência | Nota: ★★★★

Desde que havia terminado o segundo livro, Forte de Areia, fiquei extremamente curiosa para saber como Marina e Mônica se encontrariam, e até que foi gratificante a forma midiática em que ele aconteceu, mas determinada situação pra mim teve como objetivo apenas facilitar o roteiro, algo que estragou um pouco a experiência geral do que eu esperava com esse reencontro e da solução de alguns problemas.

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Além disso, recomendo fortemente que leiam a trilogia de forma contínua já que está completa, pois eu fui lendo os livros conforme eram lançados, então agora que consegui ter acesso ao final da saga, em alguns momentos durante a leitura de Sangue Corsário eu me perguntava quem eram determinados personagens e qual a importância deles para a história, ou seja, eu simplesmente esqueci. Mas, se você ler sem pausa ou em períodos curtos de intervalo entre um livro e outro sua experiência será ainda mais ampla, assim não perderá nenhum detalhe.

Confesso que não sou fã de histórias onde se formam vários casais, mas fiquei feliz pelas irmãs terem encontrado o amor. Acabei torcendo pelo final feliz de Marina e Mateo, este que mesmo após três livros e algumas viagens dentre as possibilidades de tempo e espaço, continua tendo sua essência religiosa como base para tudo. Imagino Mateo como um homem que usa escapulario masculino e anda com uma Bíblia na mão, mas que ainda tem sangue pirata correndo nas veias e encontrou em Marina o equilíbrio que precisava para seguir com uma vida sem mágoas. E acho que foi genial a forma como a autora construiu Mateo, pois ele é um personagem religioso que não fala sobre religião, mas sempre destaca os bons conselhos que a Bília nos traz.

Assim como nos livros anteriores, os romances não são o foco total do livro, Inaiê por exemplo, também conseguiu seu final feliz ao lado de quem eu nem imaginava, mas tudo aconteceu de forma tranquila, dentro da evolução pessoal do personagem.

O desfecho de algumas situações foram bastante eufóricas, o que resultou em plots inesperados (se é um plot, provavelmente é inesperado, desculpem o pleonasmo). O encontro de Mônica com seu pai trouxe respostas e revelações que só um último livro poderia nos proporcionar. E como leitora, eu particularmente amei os caminhos escolhidos pelas irmãs, que é basicamente o símbolo de suas diferenças, mas que não deixa a união de lado.

Sangue Corsário não deixa a desejar como último livro, ele responde questões que ainda ficaram em aberto após os dois primeiros livros e dá conclusão à trama, tudo se encaixa perfeitamente com seus devidos argumentos. Também não posso deixar de comentar sobre a leitura fluída e leve, pois apesar de o livro ser curto a maior parte dele é cheio de ação e confusão, o que acaba deixando o leitor bem concentrado nos eventos. Indico a leitura da trilogia não apenas por crianças e adolescentes, mas qualquer idade pode se encantar pela história de Marina e Mônica.