A primeira vez que passei por uma situação que desafiou meu extinto materno foi em um acidente doméstico. Seis meses depois do nascimento do meu filho, eu estava fazendo um bolo na cozinha e levei meu bebê comigo dentro do carrinho para mantê-lo sob supervisão, o problema é que o Ravi se assustava com o barulho do liquidificador ligado, até hoje com três anos ele ainda não gosta, por isso, quando liguei o aparelho, peguei meu filho no colo e fui até a geladeira distraí-lo com os imãs, mas de relance vi que o liquidificador estava trepidando encima da pia, não consegui chegar à tempo para evitar que caísse. O liquidificador espatifou no chão e eu escorreguei na massa do bolo.
Tudo deve ter acontecido em cerca de cinco segundos, mas pra mim foi uma eternidade, por que me lembro claramente que antes de escorregar a única coisa que pensei foi: "não deixe o Ravi cair no chão!", e foi o que fiz, era melhor que eu como mãe me estropiasse do que deixar meu bebê se machucar.
Cai no chão quando ouvi um barulho no joelho e segurei meu filho o máximo que pude, o Ravi caiu de uma altura mínima, ele só saiu do meu colo quando eu já estava há centímetros do chão. O problema é que quando tentei levantar, não consegui.
Fiquei cerca de quarenta dias sem conseguir andar por que sofri um rompimento no ligamento anterior cruzado do joelho, e até então, quase quatro anos após o fatídico dia ainda sinto dores e o simples ato de andar é instável pra mim.
Depois de visitar alguns médicos e ortopedistas, decidimos que no meu caso ainda era uma boa opção fazer a cirurgia de reconstrução do LCA. Confesso pra vocês que eu sou uma pessoa muito forte quando se trata de entretenimento com drama médico ou true crime, mas pra mim um dos maiores desafios está sendo o medo da cirurgia. Nunca fiz nada parecido antes, por isso, tenho me preparado mentalmente para o procedimento.
Além disso, minha fisioterapeuta indicou que eu fizesse exercícios para fortalecer os músculos das coxas, pois é dali que os médicos vão tirar um novo ligamento para colocar no joelho. A fisioterapia antes e principalmente depois da cirurgia é de extrema importância.
Alguns suplementos também devem ser tomados para auxiliar o pós-operatório, mas é claro, sempre com orientação médica. O colágeno tipo 2 por exemplo, previne o desgaste articular, não é o colágeno comum de pele e cabelo; ele é o principal componente da cartilagem. E além de fortalecer a musculatura, preciso proteger a cartilagem do meu joelho, que será muito exigida. A ideia é modular a resposta do meu corpo para proteger essa estrutura essencial e garantir que, ao voltar a jogar vôlei ou dançar, meu joelho esteja forte e saudável por dentro.
Este período que antecede a cirurgia é mais do que uma simples espera, é a base para uma recuperação de sucesso. Cada sessão de pré-reabilitação, cada ajuste mental e cada planejamento logístico são passos cruciais que estou dando para garantir que meu corpo e minha mente estejam nas melhores condições possíveis. A jornada começou diante de inúmeros exames e visitas médicas, e a cirurgia não será o fim, mas a preparação correta fará toda a diferença.
Você tem alguma dica final para a véspera da cirurgia? Compartilhe aqui!




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